
Final Fantasy IX
Final Fantasy IX foi lançado em 2000 para o PS1 sendo o último da plataforma. A história se centra em uma guerra entre duas nações. Os jogadores seguem um jovem ladrão chamado Zidane Tribal, que se junta a um grupo com o objetivo de derrotar a rainha Brahne, uma das principais responsáveis pela guerra. Entretanto, eles descobrem que Brahne está trabalhando com uma pessoa ainda mais perigosa chamada Kuja.
A história é boa e desenrola muito bem, com personagens carismáticos e interessantes. Contém algumas reviravoltas e descobertas além de momentos emocionantes. Zidane é um protagonista diferente dos 2 últimos, ele é mais para cima e incentiva dando forças para seus amigos, em um dado momento ele ficará bem para baixo e os amigos o reanimando foi bem emocionante. No entanto JRPGs tem uma coisa que irrita bastante. Imagina você vai enfrentar um chefão, passa horas ou até dias treinando para ganhar nível ou mesmo XP para liberar habilidades. Fora sair coletando itens que pode criar equipamentos, itens esses que podem ter formas alternativas além das comuns (dropar), que as vezes necessita de muita paciência. Enfrenta o chefão, ainda assim, morre várias vezes até que finalmente o vence. O que você vai querer fazer nessa hora? Salvar o jogo para garantir o progresso. E o que você vai fazer? Assistir CGs, ou custscenes, sendo que essa última é necessário passar balão por balão de fala, passar por uma série de eventos que te obrigam conversar com outros personagens, conversa de horas. Para muito tempo depois, ter acesso a um save point. Algo tipo, você matou o boss as 24h, quer salvar e ir dormir, vai dormir apenas as 1h30. E FFIX é um dos jogos que mais abusa disso, em dados momentos eu não queria saber de ler os diálogos ou ver o que ia acontecer, queria apenas salvar e ia rever no youtube. Teve o equivalente a um final de semana inteiro só de eventos e cenas no jogo, e a parte de exploração, batalhas e etc, demorou muito para aparecer.
Os gráficos são bons pra época, mas não me impressionaram como os do FFVIII. Os designs são impecáveis, como de costume nos Final Fantasy. Inimigos interessantes, dos quais muitos simplesmente retornam. Possui alguns mini games, o de cartas, não me interessei em jogar, o de caça ao tesouro com chocobos, muitas vezes era bem cansativo, mas as vezes gerava bons itens. O de sapos também é necessário paciência.
O jogo não é muito difícil não, poucos os bosses que me deram trabalho, nem mesmo o final deu trabalho, inclusive entre os inimigos comuns, tem os Malboros mais fáceis de se matar da franquia. Em um momento que morri numa batalha, não teve game over, fazia parte da história. Se não fosse por isso, o game seria mais difícil.
O sistema de evolução é com base nos itens. Mas depois de um tempo os usando, você acaba aprendendo as habilidades em que seu personagem é compatível. Se colocar auto-regen, auto-potion, auto-live e reflect, ficam quase que invencíveis. Demora um pouco para se poder usar o 1º summon, cheguei a achar que ia zerar sem os ver. Pra piorar, já se começa o jogo com eles, mas sem mana para usá-los. Na hora que consegui mana pra usa-los, não os tinha mais. No entanto, 90% deles se consegue no modo história.
É o Final Fantasy com mais elementos em comuns de toda a série, não só o mago negro, mas a Freya seria o equivalente ao mago vermelho, na aparência pelo menos. Tem o cavaleiro e o ladrão também. Não é atoa que é o indicado para quem quer conhecer do que se trata Final Fantasy. Para mim, embora imperdível, está longe de ser o melhor da série.