
Lanterna Verde A guerra dos anéis
Aqui neste arco, começa o prenuncio para o “A noite mais densa”. Pois é nele que começa a ser citado este evento. Mas aqui pelo menos, o arco hora nenhuma soa como preparação de terreno para algo maior. Temos um verdadeiro arco fechado de um grande evento neste universo que afeta principalmente toda a mitologia dos Lanternas Verdes, já que nele, além da própria tropa Sinestro que passa a ser uma tropa propriamente dita, sendo que até então era apenas um único ser que tinha um anel amarelo, temos a introdução das demais tropas que seriam criadas logo depois do arco.
E é um evento grande mesmo. Pois envolve Antimonitor, Superboy primordial, Parallax. Sendo que só 2 deles, já foram responsável por crises no universo DC. Ainda assim, embora temos a participação de outros personagens que não fazem parte da tropa, esta participação não tem grande destaque.
Este quadrinho enfrenta um problema de quando tem muitos personagens em tela. Tendo páginas meio confusas de tanta gente lutando ao mesmo tempo. Mas até que se pode encarar como a confusão de uma guerra. Ainda assim, consegue contornar o problema até bem a maioria das vezes, já que é basicamente Lanternas Verdes vs Lanternas Amarelos. Então assim você já sabe quem é quem e quem está do lado de quem. Até mesmo a maioria dos vilões que não são Lanternas, tem o uniforme amarelado.
Ainda assim vira e mexe temos páginas belíssimas que dá vontade de tirar e moldurar pra colocar como quadro na sala. Ênfase a parte onde Kyle Rayner e Parallax tem um debate interno dentro do Kyle. Ótimos desenhos da brasileira Adriana Melo, com páginas bem limpas e bonitas, um texto bem elaborado.
No geral, a narrativa é muito boa. Varia um pouco, tem vários roteiristas, então os estilos podem variar um pouco.
É uma história que funciona muito bem sem precisar de acompanhar HQs anteriores, mas ter um background faz diferença aqui. Quando li pela primeira vez, fiquei me perguntando de onde surgiu um Superboy tão poderoso que poderia dar uma surra em todo mundo incluindo toda a tropa dos Lanternas, no Superman e até mesmo em uma espécie de kriptoniano Lanterna (não era de Kripton, mas não faz diferença). Depois quando li “Crise nas Infinitas Terras” (sim, eu li beemm depois) reconheci o Superboy que havia surgido ali, mas ainda fiquei impressionado com o nível de poder, já que no arco da Crise, ele não tinha tanto poder. Mas a HQ faz uma introdução sobre os 2 personagens que se confrontam para que o leitor saiba quem são, a partir do momento em que eles assumem um papel de mais importância na trama. Sendo assim, se pode acompanhar sem o conhecimento prévio.
Este foi o arco que estava marcando o retorno da tropa dos Lanternas (se tem ou não histórias antes dele, tirando o Ressurgimento, são irrelevantes). E foi um retorno com o pé direito.