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Alundra 2

Ao jogar este jogo, percebi que se assemelha bastante à tentativa da Sony de criar um concorrente para Zelda Ocarina of Time (joguei ambos os jogos, embora não na época de seu lançamento). A jogabilidade é notavelmente similar: um RPG de ação que oferece um mapa mundi para explorar, permitindo ao jogador escolher os locais para visitar, resolver quests em dungeons repletas de quebra-cabeças. Conforme avançamos no jogo, adquirimos magias que se tornam cruciais para resolver diversos enigmas, inclusive em áreas previamente visitadas que podemos revisitar para explorar segredos ocultos.

No entanto, a narrativa de Alundra 2 não alcança a mesma complexidade de Zelda Ocarina of Time. Ainda assim, ela é envolvente e apresenta personagens interessantes. A história se passa no reino de Varuna, onde Mephisto, um poderoso feiticeiro, utiliza chaves mágicas para controlar humanos e animais, transformando-os em máquinas insensíveis e violentas. O protagonista, Flint, é um caçador de piratas procurado por traição, em busca dos piratas responsáveis pela morte de seus pais.

Ao longo da trama, Flint se depara com novos personagens, como Zeppo, Albert e Ruby, um trio de piratas que lembra vagamente a Equipe Rocket (embora possam parecer perigosos em alguns momentos, sua presença muitas vezes não é vista como uma ameaça séria, e em certas situações acabam se tornando aliados). Além disso, há a princesa Alexia, inicialmente reminiscente de Zelda, mas que no desenrolar da história se assemelha mais à Princesa Peach do universo Mario.

Outra distinção em relação a Zelda Ocarina of Time é a jogabilidade menos fluída em Alundra 2. Há momentos de dificuldade ao tentar realizar ações na diagonal, e o tempo de recuperação após ser atingido, tanto para o protagonista quanto para os inimigos, é notavelmente lento. No entanto, os puzzles são desafiadores e inteligentemente elaborados.

Os cenários são belos, apresentando modelagem que reflete as limitações gráficas do PlayStation 1, resultando em formas mais angulares. A ambientação é diversificada, incluindo praias, cidades litorâneas, montanhas, vulcões e até mesmo um navio no fundo do mar. O design é caricato, com personagens apresentando membros e cabeças desproporcionalmente grandes. Ao contrário de Zelda, o jogo não é de mundo aberto; em vez disso, o jogador escolhe os destinos diretamente no mapa, semelhante à mecânica de Valquíria Profile 2 (embora eu ainda não tenha tido a oportunidade de jogar o primeiro).

Uma ótima opção para o PS1, um jogo divertido que me rendeu horas de jogo.

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