Ao longo dos anos, tivemos vários inimigos com apetrechos tecnológicos. Não só os do Homem de Ferro, que já é de se esperar que um homem em uma armadura enfrente outros homens em armaduras (com um que se chama Homem de Titânio), como em outros personagens (o Rhino do Homem Aranha, por exemplo). E de onde esses vilões conseguem tais tecnologias?
Tem diversas formas que são abordadas nas HQs, alguns tem o intelecto, contatos com empresas inimigas, ou sorte apenas. Nessa HQ, é quando Tony Stark descobre que a tecnologia que ele usa, está sendo usada em apetrechos de vilões. Para resolver essa situação, Tony consegue uma lista de personagens que supostamente usam a sua tecnologia e caçar todos eles, inclusive amigos.
Primeiramente, se trata de uma HQ dos anos 90, o estilo narrativo é menos dinâmico que as usadas hoje. Nas HQs de hoje os balões de pensamento foram trocados por balões que parecem os de narradores, mas já não tem tanto do narrador descrevendo as ações do quadrinho como dito em “Homem de Ferro – O Demônio da garrafa”.
A arte é muito boa, o desenhista tem um estilo, digamos, “mais limpo”; o nanquim fica mais por conta de contorno apenas. A narrativa é intrigante. Os designs de algumas armaduras podem soar meio estranhos, algumas tem um design que demonstra uma certa transição de estilo entre como era feito nos anos 80 e como é representado atualmente, mas alguns personagens parecem que o design parou nos anos 70.
O principal da história das Guerra das armaduras, é a missão de Tony Stark, que passa por cima de amigos (aqui já sabem que ele é o Homem de Ferro), gerando conflitos, e como ele tem que lidar com a imagem do herói perante a própria empresa.
No geral, não sou muito fã destas histórias com grandes arcos onde o herói sai dando uma surra em um vilão por capítulo. Penso que isso diminui muito os vilões. Porém, nesta, além de ter sido bem feita, fora necessário se utilizar desse recurso. Lembra um pouco um game onde cada vilão seria um boss de uma fase. O final ocorre uma virada que deixa a desejar, com uma necessidade de criar um “vilão vilanesco” que estaria por trás de tudo, o que acaba por justificar a paranoia que o Stark teve com isso tudo. Não que pudesse ser justificável, mas pelo menos apresentava um aspecto mais dúbio.